O AFAGO DO ESCORPIÃO EM URSULA VIDAL
Jader Barbalho é um dos políticos mais longevos da história do Pará em todos os tempos.
Desde 1966 este político ostenta cargos políticos.
O livro de cabeceira de Jader é o Príncipe de Maquiavel.
Do ponto de vista da conservação do poder político, podemos classificar Jader como um sobrevivente que não admite conceder fôlego aos seus concorrentes.
Utilizando a máxima maquiaveliana, Jader manipulou como ninguém o conceito de Virtú, que significa a capacidade de manter o poder político por longos períodos.
Assim, Jader construiu sua história política em sentido genético, em favor da família nuclear, liquidando com qualquer político que viesse a lhe oferecer qualquer risco eleitoral ao longo de sua cinquentenária vida política.
A natureza escorpiônica metaforizada no famoso conto do escorpião e do sapo, se fez resplandecente ao longo da vida política de Jader Barbalho, qual seja, liquidar com aliados que lhe ofereçam riscos.
No passado recente, Jader liquidava pela traição e recentemente liquida, pela rejeição, qualquer liderança progressista que com ele se junte.
Logo após as eleições de 1982, Jader isolou e depois liquidou com seu principal aliado nestas eleições, o Major Alacid Nunes.
Em 1983 exonerou o comerciante Said Xerfan, seu afilhado e prefeito de Belém, por estar crescendo fortemente na opinião pública.
Em 1985, Jader é decisivo para a eleição de seu amigo e aliado Coutinho Jorge para prefeito de Belém, porém o isolou e o liquidou politicamente quando este quis sucedê-lo nas eleições de 1994.
Nas eleições de 1992 para prefeito de Belém, Jader veio a apoiar como candidata a prefeita a comunista Socorro Gomes, que era deputada federal.
Após este afago jaderista, esta política veio a definhar ate desparecer da política paraense.
Neste momento, o afago de escorpião barbalhista acomoda em seus braços a psolista Ursula Vidal, que vende a imagem de ser uma republicana e moralista de primeira linha. Ursula se destaca no ataque à velha política e à corrupção.
Agora, Úrsula virou radialista da Rádio Clube do Pará, de propriedade da família Barbalho.
Alguém imagina qual será o destino da promissora candidata psolista Ursula Vidal, quando as classes médias do Pará descobrirem o enorme flerte político entre Ursula e os Barbalhos?
Parece que o afago do escorpião fará mais uma vítima política no Pará.
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